Gravura 4

É uma grande superfície de 9 m de comprimento e 5 m de largura ocupada por três painéis bem diferenciados pela sua temática e colocação na orografia da laje. No painel situado mais a poente, na parte mais horizontal destaca-se um pequeno grupo de três ou quatro quadrúpedes, alguns incompletos e, no canto inferior esquerdo, um antropomorfo muito desbotado com braços e pernas dobrados.

Na parte nascente encontram-se vários elementos geométricos sem ligação aparente, como se fossem motivos gravados, agregados entre si num espaço comum mas sem unidade de significado. Existem duas pequenas combinações circulares de dois anéis com uma covinha central e os anéis externos juntos. Existe também um círculo simples com divisão interior em cruz, várias covinhas, outro círculo simples com covinha central, vários traços abstractos e, na parte mais alta um reticulado muito desgastado. Temos este tipo de figura três vezes mais no Monte da Costa e na zona de Paredes de Coura, embora existam mais de 200 superfícies com representações reticuladas que conhecemos entre Barcelos e a península de Morrazo com epicentro na serra de Baiona. É a figura maioritária na zona de Santo Antão em Caminha.

No canto superior direito estão várias pequenas covinhas isoladas, uma figura sub-retangular dividida por linhas transversais internas e um equídeo bem definido gravado com linha dupla e cauda. O exemplar é afetado por um termoclasto.

Já na parte mais oriental, o painel é constituído por motivos geométricos, cerca de quarenta pequenas covinhas agrupadas, covinhas soltas por toda a superfície e covinhas maiores e alongadas que já são, pelo seu tamanho, pequenas pias com riscos gravados. No topo uma figura com uma fileira curva de covinhas em seu interior e contendo também um círculo simples com covinha central.

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