Gravura 5
Nesta pequena superfície inclinada para sul, num painel de 1,5×1,6 m., temos o petróglifo mais complexo do local. Embora parcialmente danificada, provavelmente por incêndios, que causaram o destacamento de partes da rocha, a variedade e a qualidade das representações ai presentes merecem a nossa atenção.
A poente, na zona mais destruída, são visíveis círculos concêntricos fixados a uma figura com divisões internas de tendência quadrangular. À sua esquerda, uma figura oblonga, entre oval e rectangular com eixo central e dez casinhas no seu interior que nos lembram figuras pintadas de outros pontos de Portugal, como na lapa dos Louções (Arronches) ou na Chã da Rapada (Britelo ).
No resto da laje encontram-se 14 quadrúpedes, 6 antropomorfos a pé e um montado, todos típicos da arte atlântica. Também se encontram 10 antropomorfos da arte esquemática peninsular, quase todos com braços e pernas curvados.
No centro da composição há um cervo (CERV) cercado por canídeos (C1, C2, C3, C4) e três homens (A11, A12, A13), todos com algum objeto nas mãos, inclusive um (A11) que está deitado. Nesta cena um homem (A14) está diante de um quadrúpede (IND7, equídeo?) auxiliado por um canídeo (C15). Uma terceira cena de caça é a figura mais bem preservada (E1), um equídeo montado por um antropomorfo enquanto atira uma lança contra um quadrúpede (IND6, talvez um equídeo) auxiliado pelos antropomorfos A15 e A16.
Além disso, existem dez figuras antropomórficas com braços e pernas curvas que nada têm a ver com as figuras humanas da arte atlântica, entre as pernas emerge uma longa linha que em quatro casos termina num quadrúpede, um veado e dois possíveis equídeos (IND3 , IND5 )


